sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Rodriguinho: sem medo dos grandalhões

Dizem que tamanho não é documento. E o atacante Rodriguinho, 1,68m de altura, tem provado na pré-temporada do São José que a máxima pode ser verdadeira. Esbanjando velocidade em campo, o jogador não se intimida com a alta estatura dos zagueiros e inferniza o setor defensivo adversário.

A ousadia tem agrado ao técnico Fahel Júnior. Nas escalações titulares dos treinos coletivos, Rodriguinho é peça constante no esquema do treinador. Para muitos, uma surpresa. Afinal, no início da preparação para o Campeonato Paulista da Série A-2, os atacantes Bebeto e Renato Santiago chegaram ao clube como favoritos para comandar o ataque joseense. Apesar de terem características semelhantes, os dois afirmaram que poderiam jogar juntos dependendo do sistema tático.

Mas, por causa de problemas físicos, a dupla ficou afastada da disputa por posições nas últimas semanas. Com isso, Rodriguinho aproveitou a brecha, enquadrou-se no estilo de jogo da equipe e agora não quer mais perder a vaga. Se depender dele, a disputa - que ainda conta com os atacantes Rodrigo Pardal e Cleberson - continuará saudável, porém, sem facilidades.

Confira a entrevista que o atacante concedeu ao Blog Informativo da Águia na última quinta-feira:

Informativo da Águia – No início da pré-temporada, você era considerado a sombra dos atacantes Bebeto e Renato Santiago, contratações mais expressivas do São José para o setor. Mas, com o decorrer dos treinos, você ganhou a confiança do técnico Fahel Júnior e tem sido escalado frequentemente na equipe titular. Como avalia essa situação?
Rodriguinho: O Bebeto e o Santiago são jogadores mais rodados e conhecidos. Eles chegam para jogar em qualquer clube. Mas nós, que chegamos por fora, viemos para brigar também. Dentro de campo, cada um precisa mostrar sua qualidade. Mostrei nos treinamentos que tenho condição de ser titular, e hoje, por causa do meu trabalho, consegui a confiança do professor Fahel Júnior. Tento evoluir a cada treino, para conseguir agarrar todas as oportunidades que surgirem. Todos os jogadores do time têm condições de serem titulares. Por isso, eu me esforço bastante.

IA – Quais são as suas “armas” para conseguir a titularidade?
Rodriguinho: Meu ponto forte é a velocidade. Procuro ir para cima dos zagueiros e preparar a jogada para o atacante centralizado na área. Jogo mais pelas pontas e volto para ajudar o time no meio-campo. Quando posso, também driblo os adversários e vou para cima deles.

IA – Quais serão as características do ataque do São José no próximo ano?
Rodriguinho: Será um ataque bem veloz. O Fahel trabalha muitas jogadas de contra-ataque rápido. Teremos um setor ofensivo de velocidade e que exigirá bastante a agilidade dos nossos atacantes.

IA – Após o jogo-treino contra o Volta Redonda, o Fahel Júnior realmente destacou a velocidade da equipe como um ponto que o agradou. É isso que ele mais cobra de vocês?
Rodriguinho: Ele quer bastante movimentação. Não gosta que você fique somente de um lado do campo. Pelo contrário, quer que nos movimentemos muito. No jogo-treino contra o Volta Redonda fizemos isso bem. Infelizmente, erramos nas finalizações. Temos que continuar o trabalho para tudo sair bem melhor na próxima partida.

IA – Portanto, essa forma de jogar tem favorecido você. O estilo de jogo do Fahel é o seu preferido?
Rodriguinho: É o esquema que gosto de jogar. Graças a Deus, ele montou um esquema que, para mim, é o melhor. Acho que por isso tenho sido favorecido e estou como titular.

IA – Qual sua avaliação da pré-temporada do clube para o Campeonato Paulista da Série A-2?
Rodriguinho: Eu estava cerca de um mês parado antes de assinar com o São José. O começo do trabalho com o professor Daniel (Martini, preparador físico) foi bastante difícil. E continua difícil para mim. Mas estou me esforçando e tenho tido bons resultados. O trabalho dele me ajuda muito para desenvolver minhas melhores características dentro de campo. Tenho conseguido partir para cima e correr bastante. Nossa pré-temporada tem sido muito boa. Tudo está planejado e não existe nada feito de um dia para o outro. Isso ajuda não somente a mim, mas aos outros atletas também.

IA – A estreia na Série A-2 será, praticamente, daqui a um mês. Sua expectativa é ter alcançado quanto do ritmo ideal de jogo?
Rodriguinho: Até lá, deveremos estar com 90%. No começo do campeonato, você nunca chega com 100%, porque senão você começa cair de rendimento durante o torneio. Com 90% na parte física e técnica, vamos começar bem a competição. Não haverá desculpas que estamos sem ritmo, pois todos os atletas chegarão bem no primeiro jogo.

IA – O São José agendou alguns jogos-treino antes da Série A-2. Qual a importância dessas partidas para os jogadores?
Rodriguinho: É bom para ganhar o ritmo de jogo. Muita gente também estava um tempo parado. E esses jogos-treino são bem diferentes do coletivo, porque você não quer perder. É um amistoso, mas com cara de jogo de três pontos. Todo mundo entra para ganhar. É muito importante fazer essas partidas. Por isso, temos que aproveitá-las ao máximo possível.

IA – O que o torcedor do São José pode esperar de você?
Rodriguinho: Pode esperar muita colaboração ao São José. Não apenas minha, mas como dos meus companheiros também. Vou me esforçar bastante. Sou um jogador que não se deixa abater com poucas coisas. Durante o campeonato, se Deus quiser, vão ouvir falar muito de mim. Vou batalhar para subir o São José para a primeira divisão.

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