Lamas: chance para virar gente grande

Sair da categoria júnior e, em seguida, destacar-se na equipe profissional é uma dificuldade enfrentada por muitos jovens. O volante André Lamas, de 20 anos, sabe bem o que significa isso. O jogador, emprestado ao São José pelo Corinthians, não encontrou espaço no plantel alvinegro, que, recentemente, venceu o Paulistão e a Copa do Brasil.

A saída encontrada por Lamas foi deixar a Capital e buscar espaço no interior paulista. O São José foi o responsável por dar uma oportunidade ao atleta, provável titular do time na estreia da Copa Paulista, contra a Portuguesa Santista, no próximo domingo, às 16h, no Estádio Martins Pereira.

Nesta entrevista, o volante conta quais são seus objetivos na Águia do Vale e revela as dificuldades enfrentadas no Corinthians. Não deixe de conferir!

Informativo da Águia – Quais seus objetivos com a camisa do São José?
André Lamas – Sempre espero fazer um bom campeonato e ajudar a equipe, porque, desta maneira, acabo me ajudando também. Isso é importante para um atleta que está começando a carreira e chegou agora ao profissional.

IA – Qual o seu estilo de jogo?
AL – Sou jogador de marcação. É claro que ajudo na frente, tentando fazer bons passes, mas a minha prioridade é a marcação. Jogo como primeiro ou segundo volante. O que o professor Rincón optar, a gente faz. Eu prefiro ser o primeiro volante.

IA – Quais são as informações que você tem do clube?
AL – Tive boas informações do time. É um clube que vem fazendo boas campanhas na Série A-2, mas tem batido na trave. Espero poder ajudar o São José a marcar o gol neste ano (risos). Também me disseram que é uma equipe de boa estrutura.

IA – O que te fez acertar com o São José. A vinda do Rincón foi um dos motivos?
AL – Com certeza. Ter uma pessoa de nome trabalhando no time sempre ajuda. É um cara que trará novos horizontes para o time. O Rincón, mais do que todos, entende sobre a posição de volante. Ele, por conhecer, passa muitos conselhos para mim, que jogo no setor.

IA – Em campo, os volantes se sentirão pressionados a acertar tudo, já que no banco de reservas tem um dos maiores jogadores da posição dos últimos anos?
AL – Acho que não. Acredito que será um incentivo, um espelho para gente dentro de campo. Tentaremos fazer um pouco do que ele fez como jogador.

IA – Você, quando jogou pelo América (SP), chamou a atenção do Corinthians. Por qual motivo você não continuou na equipe do Parque São Jorge?
AL – Como todo mundo sabe, existe muita concorrência em time grande. O Corinthians, neste ano, investirá mais por causa do centenário do clube. É uma equipe que está ganhando tudo. Foi campeã Paulista e da Copa do Brasil e, por isso, fica até difícil cobrar uma oportunidade na equipe profissional deles. Então, primeiro temos que fazer um bom trabalho para, depois, retornar ao Corinthians.

IA – Você, em algum momento, sentiu-se desmotivado ou com medo de trocar o Corinthians por uma equipe de menor expressão?
AL – De jeito nenhum. Para mim, é uma coisa natural do futebol. Não é fácil começar no time grande. Mas o São José é um clube conhecido em São Paulo e estou procurando abrir a visão de outros times.

IA – Quais são as principais dificuldades que um jogador, recém-promovido ao profissional, enfrenta para decolar na carreira?
AL – A fase de transição, da categoria júnior para a profissional, é muito difícil. No profissional, cobram experiência dos jogadores mais novos. E não tem como você sair dos juniores com experiência de profissional. Essa é a maior dificuldade.

IA – Por que o torcedor deve acreditar que, neste segundo semestre, você será um dos destaques da equipe?
AL – Porque nunca me faltarão vontade e determinação.

FICHA TÉCNICA
Nome: André Augusto Pavani Lamas
Nascimento: 10/04/1989, em São Carlos (SP)
Altura: 1,74
Peso: 63 quilos
Clubes: Guarani (SP), Cruzeiro (MG), América (SP) e Corinthians (SP).
Contrato com o Corinthians: até 30/12/2009
Direitos federativos: 85% do Corinthians e 15% do atleta

[Atenção: conteúdo exclusivo do INFORMATIVO DA ÁGUIA]